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terça-feira, 24 de maio de 2011

One year for you, for me yesterday.

'...ninguém merece ser esperado.'
(25 de Maio de 2010)

Eu não diria que o tempo passa, que ele atravessa o vento, que ele arranca as raízes, que ele sara as feridas...
Eu diria que ele não serve em nenhuma ocasião a não ser a... saudade.
Quando crescemos muito rápido, deixamos de lado as coisas boas da inocência, abrimos mão daquilo que nos fazia bem para deixar o racional falar mais alto dentro de nós mesmos.
Pra quem vivia com a esperança, hoje, vivo. Hoje eu só vivo. Quando a sua alma se cansa de lutar e de seguir, o seu coração se bloqueia, não te deixando outra opção a não ser a tristeza e a dor. Quando nos encontramos com a felicidade, depositamos nela toda a nossa esperança, toda a nossa euforia. Não nos damos conta que assim sufocamos aquele sentimento tão puro e real. 

"Ela me permitiu sentar-se ao seu lado, dividir uma porção de batatas, umas e outras, e me contar sua vida, suas experiências, e eu, frágil e ainda assim desacreditado, me vi bobo e encantado, com seu jeito doce e encantador de ouvir dizer sobre a vida, e como num poema, me ofereceu um sorriso, e eu disse sim."

Talvez seja por isso que ela se foi tão rapidamente.
Quando nos calamos e deixamos de lutar, nós bloqueamos toda e qualquer
chance de sermos felizes por outros meios, outras vias...
Por amar, deixamos de lado as outras alegrias da vida e nos fechamos rápido demais.
E foi assim por um bom tempo.
Os humanos são seres realmente imprevisíveis! Nunca se sabe como eles vão acordar no dia seguinte...
Talvez eu tenha tentado de todas as formas dizer como foi bom, como eu mudei, como eu me senti mais completo, como foi diferente. Mas talvez também não soube ouvir, ou acreditar.
Deixei de viver na intensidade, deixei de acreditar que as coisas dão certo quando planejadas, deixei.
365 dias, não é um dia, nem uma semana, nem um mês.
Talvez eu tenha reservado um canto especial demais pra esse amor aqui dentro de mim, e talvez ele não queira mais sair.
Aonde quer que eu for, este canto, esse amor, há de ir comigo.
Por mais que não seja nada igual, por mais que eu vá sozinho sentindo esse amor, eu ainda vou, eu ainda sigo.

Já me odiei com todas as forças por sentir o que eu sinto, por saber que não é recíproco. Cansei de tentar explicar pra mim o porque eu tenho que te amar, cansei de tentar arrancar esse peso com as minhas próprias mãos. Eu construi esse sentimento sozinho demais, mesmo sabendo que ele não chegou sozinho. Pode pensar o que quiser, mesmo assim, vou continuar aqui.


"Eu te peço perdão por te amar de repente, embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos."

Esse amor  tão solitário, que encontrei perdido, na fila do banheiro.

domingo, 8 de maio de 2011

Sorria e saiba o que eu sei...

Eu não quero mais mentir, usar espinhos que só causam dor.
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu e dos cegos do castelo, me despeço
e vou até encontrar um caminho, um lugar, pra o que eu sou...
Eu não quero mais dormir, de olhos abertos me esquenta o sol.
Eu não espero que um revolver venha explodir, na minha testa se anunciou a pé a
fé devagar, foge o destino do azar que restou.
E se você puder me olhar, se você quiser me achar e se você trouxer o celular, eu vou cuidar. Eu cuidarei dele, eu vou cuidar do seu jardim, eu cuidarei muito bem dele, eu cuidarei do seu jantar, do céu e do mar e de você e de mim.




Nando Reis, por minhas palavras.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Oxigênio.

Na verdade, hoje, não sei por onde começar.
Na verdade, não sei nem aonde eu estou ultimamente. Eu me sinto tão longe de mim,
tão fora da minha essência que não me vejo mais...
Não consigo mais saber, nem enxergar onde é a saída para as dores do meu coração. E realmente, não sei o que fazer desta vez. Esta ficando cada vez mais difícil suportar.
Eu queria mesmo 'voltar pra casa', sentir a brisa que me tocava e me fazia voar antigamente.
Me pego pensando em como eu era antes de tudo, antes de qualquer coisa, antes do nada que me tornei.
Nem mesmo as garrafas da meia-noite levam as minhas memórias, memórias essas que me roubam o sono, me roubam o sorriso.
Não há culpados, eu sei. O problema sou eu, aliás, sempre fui eu.
Não quero me arriscar por medo de todas as pessoas serem iguais, ou iguais a mim.
Sim, eu sinto falta de alguns sorrisos, de algumas risadas, de alguns beijos, de alguns toques...
Mas o que há de pedir, se não posso ter nenhum?
Perca de tempo.
Queria acordar no dia vinte e seis de dezembro de mil novecentos e noventa e dois e me escrever, escrever uma nova história, onde a dor não existiria, onde essa saudade... Eu seria sim, um novo eu. Mas, estou aqui, preciso respirar, quero viver, quero seguir, sem mesmo saber quando isso tudo vai ter fim.


'And now, i miss everything about you, can't believe that I still want you
and after all the things we've been through i miss everything about you, without you.'