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domingo, 24 de julho de 2011

Quem sabe o fim da história...

Às vezes é bom ficar sozinho, é bom refletir, é bom pensar um pouco na gente.
Ao mesmo tempo em que eu me sinto a pessoa mais solitária do mundo, ainda me conformo por estar assim, sozinho.
 Hoje me deu uma vontade enorme de deitar no colo da minha mãe e chorar, só chorar, sem ter nada pra dizer e ela fazer cafuné no meu cabelo. Tem hora que eu só preciso de alguém sentado do meu lado na cadeira da mesa da cozinha, assim, só pra enxugar as minhas lágrimas, sem precisar dizer nada, só para estar ali, comigo.
Saí pra andar sozinho um pouco e me considerei o maior maluco quando saí de casa, mas durante a minha caminhada encontrei vários loucos como eu; Loucos esses que levavam cada um uma característica, como aqueles que sentam na frente de uma loja pra ouvir música no mp4, ou então aqueles que choram de saudade de alguém que esta longe pelo telefone e aqueles que apenas andam pra falar com uma força maior lá de cima, feito eu.
Disseram-me que só sei chorar e falar de amor, nunca escrevo sobre as coisas que me fazem bem... Mas é por isso mesmo, as coisas que fazem bem estão estampadas em mim, não precisam de desabafo nem de relato.
Eu queria falar tanta coisa, mas nunca lembro quando sento aqui na frente dessa tela ‘solitária’...
Estou sentindo falta de Deus, estou me sentindo longe do que foi preparado pra mim, do que era pra ser o meu legado e missão de vida. E também sei que não posso continuar o mesmo, porém, não tenho tanta força, por mais que não me falte fé.
Estou confuso demais, o desencanto é uma coisa que nos faz bem e ao mesmo tempo nos destrói. Desencantar de alguém dói. Dói mais que o amor não correspondido, até porque o considero sadio. É, sadio! O amor correspondido é normal, você sabe que tem alguém que te ama e esta ali, com você. Agora, quando se ama sozinho, você conhece o sabor do amor mais puro, porque por mais que você ame, você sabe que a pessoa não está ali, não vai dizer que te ama, você vai se sentir um completo idiota, mas sabe que ama. Só ama.
Ser feliz dá muito trabalho. Dá trabalho porque quando você se sente assim, feito eu, as pessoas atiram milhões de pedras, como ‘ai, não era ele o mais feliz e empolgado, pra agora estar se sentindo assim?!’.
Estou me sentindo inteiramente vazio, sem algo que complete esse vazio.
Na verdade, não sei o que será de mim, da minha vida e do meu lema daqui para frente. Eu preciso de algo que me que puxe pela mão direita e me diga que um dia eu vou ser forte por inteiro, sem precisar dar nada em troca disto.

terça-feira, 24 de maio de 2011

One year for you, for me yesterday.

'...ninguém merece ser esperado.'
(25 de Maio de 2010)

Eu não diria que o tempo passa, que ele atravessa o vento, que ele arranca as raízes, que ele sara as feridas...
Eu diria que ele não serve em nenhuma ocasião a não ser a... saudade.
Quando crescemos muito rápido, deixamos de lado as coisas boas da inocência, abrimos mão daquilo que nos fazia bem para deixar o racional falar mais alto dentro de nós mesmos.
Pra quem vivia com a esperança, hoje, vivo. Hoje eu só vivo. Quando a sua alma se cansa de lutar e de seguir, o seu coração se bloqueia, não te deixando outra opção a não ser a tristeza e a dor. Quando nos encontramos com a felicidade, depositamos nela toda a nossa esperança, toda a nossa euforia. Não nos damos conta que assim sufocamos aquele sentimento tão puro e real. 

"Ela me permitiu sentar-se ao seu lado, dividir uma porção de batatas, umas e outras, e me contar sua vida, suas experiências, e eu, frágil e ainda assim desacreditado, me vi bobo e encantado, com seu jeito doce e encantador de ouvir dizer sobre a vida, e como num poema, me ofereceu um sorriso, e eu disse sim."

Talvez seja por isso que ela se foi tão rapidamente.
Quando nos calamos e deixamos de lutar, nós bloqueamos toda e qualquer
chance de sermos felizes por outros meios, outras vias...
Por amar, deixamos de lado as outras alegrias da vida e nos fechamos rápido demais.
E foi assim por um bom tempo.
Os humanos são seres realmente imprevisíveis! Nunca se sabe como eles vão acordar no dia seguinte...
Talvez eu tenha tentado de todas as formas dizer como foi bom, como eu mudei, como eu me senti mais completo, como foi diferente. Mas talvez também não soube ouvir, ou acreditar.
Deixei de viver na intensidade, deixei de acreditar que as coisas dão certo quando planejadas, deixei.
365 dias, não é um dia, nem uma semana, nem um mês.
Talvez eu tenha reservado um canto especial demais pra esse amor aqui dentro de mim, e talvez ele não queira mais sair.
Aonde quer que eu for, este canto, esse amor, há de ir comigo.
Por mais que não seja nada igual, por mais que eu vá sozinho sentindo esse amor, eu ainda vou, eu ainda sigo.

Já me odiei com todas as forças por sentir o que eu sinto, por saber que não é recíproco. Cansei de tentar explicar pra mim o porque eu tenho que te amar, cansei de tentar arrancar esse peso com as minhas próprias mãos. Eu construi esse sentimento sozinho demais, mesmo sabendo que ele não chegou sozinho. Pode pensar o que quiser, mesmo assim, vou continuar aqui.


"Eu te peço perdão por te amar de repente, embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos."

Esse amor  tão solitário, que encontrei perdido, na fila do banheiro.

domingo, 8 de maio de 2011

Sorria e saiba o que eu sei...

Eu não quero mais mentir, usar espinhos que só causam dor.
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu e dos cegos do castelo, me despeço
e vou até encontrar um caminho, um lugar, pra o que eu sou...
Eu não quero mais dormir, de olhos abertos me esquenta o sol.
Eu não espero que um revolver venha explodir, na minha testa se anunciou a pé a
fé devagar, foge o destino do azar que restou.
E se você puder me olhar, se você quiser me achar e se você trouxer o celular, eu vou cuidar. Eu cuidarei dele, eu vou cuidar do seu jardim, eu cuidarei muito bem dele, eu cuidarei do seu jantar, do céu e do mar e de você e de mim.




Nando Reis, por minhas palavras.